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Letras de Joan Manuel Serrat, a excepción de los temas
3º (A.Machado y J.M.Serrat), 9º (Mario Benedetti) y 11º (Miguel Hernández)
Versiones al portugués por Santiago Kovadoff
Dirección Musical: Ricard Miralles
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Sinceramente teu
Letra y Música de J.M. Serrat - Versión de Santiago Kovadoff
Canta Joan Manuel Serrat con Maria Bethania
Não escolhas só uma fatia
me aceita como eu me dou
inteira e tal como sou
não se engane à luz do dia.
Sou sinceramente tua
mas não quero ir, meu amor,
pela tua vida de visita
vestida para a ocasião.
Preferiria com o tempo
me reconhecer sem rubor.
Conta ao teu coração
que existe sempre uma razão
escondida em cada gesto.
Por detrás ou pela frente
cada qual é diferente
cada um tem seu defeito.
Nunca é triste a verdade,
o que ela não tem é jeito.
Y no es prudente ir camuflado
eternamente por ahí.
Ni por estar junto a ti
ni para ir a ningún lado.
No me pidas que no piense
en voz alta, por mi bien,
ni que me suba a un taburete,
si quieres, probaré a crecer.
Es insufrible ver que lloras
y yo no tengo nada que hacer.
Cuéntale a tu corazón
que existe siempre una razón
escondida en cada gesto.
Del derecho y del revés,
uno sólo es lo que es
y anda siempre con lo puesto.
Nunca é triste a verdade,
o que ela não tem é jeito. |
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Eu me dou bem com todo o mundo
Letra y Música de J.M. Serrat - Versión de Santiago Kovadoff
Eu me dou bem mesmo com todo o mundo
nisso meu pai pode ficar tranquilo
ele me confiou o seu dinheiro
e eu me encarrego dos gastos do asilo.
Com a minha mulher quando nos vemos
nunca temos a menor tensão
ela se encarrega da comida das crianças
e eu lhe dou a mesada pra alimentaçao.
Não sei então como é
que o senhor sai por ai
falando tanta mentira de mim.
Meu patrão nunca tem queixa nenhuma
o que ele diz é o meu pensamento
sempre disfarço as suas mentiras
e ele me arranja mais um aumento.
Aos subordinados eu sei tratar
com a mão esquerda, os chamo camaradas.
Eles vão dizendo que eu sou muito legal
e em troca, não me pedem nunca nada.
Não me entra na cabeça
isto é mesmo o fim
o que escrevem no banheiro sobre mim.
Eu me dou bem com as autoridades.
Jamais com elas uso nomes duros.
Eu lhes aceito suas barbaridades
e elas tomam conta dos meus juros.
E nas questões espirituais
com as batinas a relação é fraterna
eu finacio seus bens temporais
e elas tramitam minha salvação eterna.
Eu não sei como é que
nesta comunidade
alguém pode duvidar
de minha moralidade. |
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Cantares
Textos de Antonio Machado y J.M. Serrat - Música de J.M. Serrat
Canta Joan Manuel Serrat con Fagner
Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre la mar.
Nunca perseguí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción.
Yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles,
como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
subitamente y quebrarse.
Nunca perseguí la gloria...
Caminante, son tus huellas el camino y nada más.
Caminante, no hay camino. Se hace camino al andar.
Al andar se hace camino y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino sino estelas en la mar.
Hace algún tiempo en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos
se oyó la voz de un poeta gritar:
«Caminante no hay camino, se hace camino al andar...»
golpe a golpe, verso a verso...
Murió el poeta lejos del hogar.
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar.
«Caminante no hay camino, se hace camino al andar...»
golpe a golpe, verso a verso...
Cuando el jilguero no puede cantar.
Cuando el poeta es un peregrino.
Cuando de nada nos sirve rezar.
«Caminante no hay camino, se hace camino al andar...»
golpe a golpe, verso a verso. |
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Barquinho de papel
Letra y Música de J.M. Serrat - Versión de Santiago Kovadoff
Barquinho de papel
sem nome, sem patrão
e sem bandeira
navegando sem timão
por onde a corrente queira.
Aventureiro audaz.
Pirata de papel quadriculado
que minha mão, sem passado,
deitou à beira dum canal.
Quando o canal era um rio.
Quando o tanque era o mar
e navegar
era brincar com o vento.
Era um sorriso em tempo
fugindo bem feliz
de país em país
entre a escola e minha casa.
Depois o tempo passa
e você esquece aquele
barquinho de papel.
Barquinho de papel
em que estranho areal
estão encalhados
teu sorriso e meu passado
vestidos de colegial.
Quando o canal era um rio.
Quando o tanque era o mar
e navegar
era brincar com o vento.
Era um sorriso em tempo. |
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Não faço mais do que pensar em ti
Letra y Música de J.M. Serrat - Versión de Santiago Kovadoff
Canta Joan Manuel Serrat con Gal Costa
Não faço mais do que pensar em ti
para te agradar e pra que todos vejam
peguei papel e lápis e espalhei
flores do teu amor sobre a mesa.
Queria uma canção e me perdi
num monte de palavras muito frias.
Não faço mais do que pensar em ti
mais nada acontece há dias.
Acendo um cigarro, já é demais.
Um dia desses acaba meu drama.
Eu deveria parar de fumar
com essa tosse que me dá ao sair da cama.
Busquei, olhando o céu, inspiração
e fiquei pendurado nas alturas.
Até que no teto não iria nada mal
outra mão de pintura.
Olhei pela janela e fugi
com uma menina de bicicleta
e olhei prum vizinho que também
coçava, como eu, sua cabeça.
Não faço mais do que pensar em ti
e o que eu mais gosto é de fazer poesia
mas hoje as musas nem olharam para mim.
Talvez voltem algum dia. |
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Fiesta
Letra y Música de J.M. Serrat
Gloria a Dios en las alturas,
recogieron las basuras
de mi calle, ayer a oscuras
y hoy sembrada de bombillas.
Y colgaron de un cordel
de esquina a esquina un cartel
y banderas de papel
lilas, rojas y amarillas.
Y al darles el sol la espalda
revolotean las faldas
bajo un manto de guirnaldas
para que el cielo no vea,
en la noche de San Juan,
cómo comparten su pan,
su mujer y su galán,
gentes de cien mil raleas.
Apurad
que allí os espero si queréis venir
pues cae la noche y ya se van
nuestras miserias a dormir.
Vamos subiendo la cuesta
que arriba mi calle
se vistió de fiesta.
Hoy el noble y el villano,
el prohombre y el gusano
bailan y se dan la mano
sin importarles la facha.
Juntos los encuentra el sol
a la sombra de un farol
empapados en alcohol
magreando a una muchacha.
Y con la resaca a cuestas
vuelve el pobre a su pobreza,
vuelve el rico a su riqueza
y el señor cura a sus misas.
Se despertó el bien y el mal
la zorra pobre al portal
la zorra rica al rosal
y el avaro a las divisas.
Se acabó,
que el sol nos dice que llegó el final.
Por una noche se olvidó
que cada uno es cada cual.
Vamos bajando la cuesta
que arriba en mi calle
se acabó la fiesta. |
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Cada qual com sua mania
Letra y Música de J.M. Serrat - Versión de Santiago Kovadoff
Canta Joan Manuel Serrat con Caetano Veloso
Cada qual com sua mania
o gosto não se discute.
Artefatos, bestas, homens e mulheres
cada um é como é
cada um é cada qual
e se manda pela escada como quer.
Mas se tiver que escolher, sou partidário
das vozes vivas da rua mais que do dicionário.
E gosto mais do bairros que do centro da cidade
e dos artesãos mais que da feitoria.
Da razão que da força, do instinto que da urbanidade
e dos indios que do Sétimo de cavalaria.
Prefiro os caminhos às fronteiras
e uma borboleta ao Rockefeller Center
e o faroleiro de Capdepera
aos vigias de Ocidente.
Prefiro querer a poder.
Tatear a pisar.
Amar a querer.
Pegar a pedir.
Dançar a desfilar
e desfrutar a medir.
Prefiro voar a correr.
Fazer a pensar.
Beijar a brigar.
Ganhar a perder.
Mais do que tudo, sou
partidário de viver.
Cada qual com sua mania
o gosto não se discute.
Artefatos, bestas, homens e mulheres
cada um é como é
cada um é cada qual
e se manda pela escada como quer.
Mas se tiver que escolher, prefiro
um bombeiro a um bombardeiro e um suspiro a um vampiro.
Crescer a sossegar, prefiro a carne ao metal
e tua casinha a um castelo.
A pinta de tua cara à pinacoteca nacional
e a revolução aos pesadelos.
Prefiro o tempo ao ouro, a vida ao sonho,
o cão a coleira, as nozes ao ruido
e o sabio por conhecer
aos malucos conhecidos.
Prefiro querer a poder.
Tatear a pisar.
Amar a querer.
Pegar a pedir.
Dançar a desfilar
e desfrutar a medir.
Prefiro voar a correr.
Fazer a pensar.
Beijar a brigar.
Ganhar a perder.
Mais do que tudo, sou
partidário de viver. |
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De vez em quando a vida
Letra y Música de J.M. Serrat - Versión de Santiago Kovadoff
De vez em quando a vida beija nossa boca
e em cores se espalha que nem atlas.
Nos passeia pelas ruas em carroça
e nos sentimos em boas mãos.
Se faz à nossa medida e gruda ao nosso passo
e tira um coelho da velha cartola
e somos como crianças
quando saem da escola.
De vez em quando a vida toma comigo café
e está tão bonita que gosto de vê-la.
Solta o cabelo e me pede
pra sair com ela à cena.
De vez em quando a vida se oferece nua
e nos brinda um sonho tão delicado
que é preciso ter cuidado
pra não quebrar o feitiço.
De vez em quando a vida afina o seu pincel.
Arrepia nossa pele e faltam palavras
prá dizer o que oferece
aos que sabem usá-la.
De vez em quando a vida brinca com a gente
e acordamos sem saber o que se passa
chupando palito, sentados,
acima de uma cabaça. |
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Una mulher nua e no escuro
Letra de Mario Benedetti - Música de J.M. Serrat
Versión de Santiago Kovadoff
Uma mulher nua e no escuro
tem uma claridade que nos abraça
de jeito que se ocorre uma tristeza
um corte de luz ou uma noite sem lua
é conveniente e até imprescindível
ter à mão uma mulher nua.
Uma mulher nua e no escuro
provoca até um clarão que dá confiança
então o calendário tira férias
vibram no seu canto as teias d'aranha
e os olhos felizes e felinos
olham e de olhar nunca se cansam.
Uma mulher nua e no escuro
é uma vocação pras nossas mãos
para os lábios é quase um destino
e para o coração é um abalo
uma mulher nua é um enigma
e sempre é uma festa decifrá-lo.
Uma mulher nua e no escuro
dá vida a uma luz própia e nos acende
o céu da boca se transforma em céu
e é uma glória não ser inocente
uma mulher querida ou vislumbrada
dissipa aos menos uma vez a morte.
Uma mulher nua e no escuro
tem uma claridade que nos abraça
de jeito que se ocorre uma tristeza
um corte de luz ou uma noite sem lua
é conveniente e até imprescindível
ter à mão uma mulher nua. |
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Aquellas pequeñas cosas
Letra y Música de J.M. Serrat
Canta Joan Manuel Serrat con Toquinho
Uno se cree
que las mató
el tiempo y la ausencia.
Pero su tren
vendió boleto
de ida y vuelta.
Son aquellas pequeñas cosas,
que nos dejó un tiempo de rosas
en un rincón,
en un papel
o en un cajón.
Como un ladrón
te acechan detrás
de la puerta.
Te tienen tan
a su merced
como hojas muertas
que el viento arrastra allá o aquí...
Que te sonríen tristes y
nos hacen que
lloremos cuando
nadie nos ve. |
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Para la libertad
Poema de Miguel Hernández - Música de J.M. Serrat
Para la libertad sangro, lucho y pervivo.
Para la libertad, mis ojos y mis manos,
como un árbol carnal, generoso y cautivo,
doy a los cirujanos.
Para la libertad siento más corazones
que arenas en mi pecho. Dan espumas mis venas
y entro en los hospitales y entro en los algodones
como en las azucenas.
Porque donde unas cuencas vacías amanezcan,
ella pondrá dos piedras de futura mirada
y hará que nuevos brazos y nuevas piernas crezcan
en la carne talada.
Retoñarán aladas de savia sin otoño,
reliquias de mi cuerpo que pierdo en cada herida.
Porque soy como el árbol talado, que retoño
y aún tengo la vida. |
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Letras de las canciones: Joan Manuel Serrat, excepto «Cantares» (Antonio Machado y J.M. Serrat),
«Uma mulher nua e no escuro» (Mario Benedetti) y «Para la libertad» (Miguel Hernández)
Música de las canciones: Joan Manuel Serrat
Arreglos y Dirección musical: Ricard Miralles
Versiones al portugués: Santiago Kovadoff
Artistas invitados:
- Maria Bethania en «Sinceramente teu»
- Fagner en «Cantares», cedido por Discos CBS Ind. e Com. Ltda.
- Gal Costa en «Não faço mais do que pensar em ti»
- Caetano Veloso en «Cada qual com sua mania», cedido por Polygram Discos Ltda.
- Toquinho en «Aquellas pequeñas cosas», cedido por Barclay Discos Ltda.
Cuarteto Ritmo:
- Piano: Ricard Miralles
- Guitarras: José A. Cubero
- Bajo: Jordi Clua
- Batería: Francesc Rabassa
Otros músicos:
- En «Não faço mais do que pensar em ti»: Nico Assumpçao (bajo), Ricard Silveirs (guitarra) y Carlinhos Bala (batería)
- En «De vez em quando a vida» y «Cada qual com sua mania»: Josep Maria Bardagi (guitarra)
- En «Aquellas pequeñas cosas»: Toquinho (sólo de guitarra)
Compañía Discográfica: Ariola
Referencia del LP: U 208.030 - Dep. Legal M. 31.572/1986
Grabación: En los Estudios RCA de Brasil
Técnico de Grabación: Dalton Rieffel
Mezclas: Juan Vinader
Supervisión de la voz en portugués para J.M. Serrat: Paulo Massadas
Coordinación de Producción: Cecilia Mac Dowell
Portada y diseño: Elifas Andreato
Fotografías de portada: Ivan Klingen
Fotografías de interior: Sergio Pagano
Arte Final: Arte Oficio/Alexandre Huzak
Agradecimientos: Al personal de mantenimiento del Estudio RCA Brasil,
Abd Chaffar Hammury, Ricardo Luppi y Walker Caputo de Souza
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